Uma creche numa escola municipal em Sorocaba inaugurou minha participação no Núcleo Fabulografias - ALB. Diferentemente das minhas outras participações em projetos, neste percebo-me aconchegado num espaço em que os olhos de quem trabalha/convive com você estão no horizonte e não acima das cabeças. O que seria uma apresentação de trabalho novo, logo se transformou, para mim, num espetáculo de criação, experimentação e/em imagem no qual todos os presentes participavam da construção. O público reunia funcionários dessa escola e alunos de pós-graduação de uma das integrantes do Coletivo Fabulografias.
Uma pluralidade de pessoas sem demarcações hierárquicas foram acolhidas com um café da manhã pelo diretor desta creche. Dividimos a turma em três grupos que se revezaram para que todos experimentassem as atividades das oficinas.
Em uma das atividades, as pessoas trabalharam com a imagem enquanto sombra, cor e forma - fotografando e observando esses elementos com seus olhos e dispositivos eletrônicos. Foram assim criando novas sensações a partir desses aspectos, que se encontram tão distantes da nossa mente (mesmo estando presentes o tempo todo).
Outra atividade reuniu ao redor de uma mesa uma exposição de imagens em vários tamanhos construídas em outras oficinas do Fabulografias, alguns instrumentos afrobrasileiros, muitos poemas, mini-contos e alguns livros. Perto dessa mesa organizamos uma exposição com os itens trazidos pelos convidados, que variavam de livros a pó de café. Nesse espaço houve tempo para observação e recepção - as pessoas tocavam, liam, analisavam. Algumas se encantavam com o colorido de uns instrumentos, outras se deslumbravam com as imagens e os escritos. Para outras, parecia algo fútil - muito estranho ou de compreensão distante de si.
Abrimos um momento para criação escrita, produzindo poemas e pequenos textos. Teve gente que resgatou música criada em outro momento de sua vida! Muitos versos sensíveis... E teve também quem perguntasse se aquilo ali não era coisa do diabo! Para finalizar, nos reunimos ao redor da mesa e expusemos nossas expressões mais verbais/corporais: lemos, falamos, cantamos, tocamos e escutamos.
No decorrer da oficina, formou-se um grupo de gente gingando capoeira (foi por pouco tempo, mas foi incrível essa expressão da África que ventava ali, que muito retrata a resistência de um povo que sempre teve sua cultura em processo de apagamento).
Ainda havia dois espaços conectados para que as pessoas circulassem. Num deles ocorria a criação com imagens, em que se exercitavam algumas formas de inventá-las com papel, tesoura, imagens, lã de aço e outras ferramentas. Lá foram produzidas muitas e ricas imagens/composições.
O outro ambiente recebia uma experimentação multimídia com a reprodução sonora e visual de um vídeo produzido pelo Coletivo; projetava também imagens de outras oficinas, cadenciadas com uma trilha sonora, “Me Gritaron Negra”, da cantora afro peruana Victoria Santa Cruz. Esta música é um relato sobre a vivência do racismo de/em diferentes formas/fases da vida. Uma ciranda dançou as intensidades deste encontro que foi encerrado por um almoço carinhosamente preparado pelas cozinheiras da escola.
Uma pluralidade de pessoas sem demarcações hierárquicas foram acolhidas com um café da manhã pelo diretor desta creche. Dividimos a turma em três grupos que se revezaram para que todos experimentassem as atividades das oficinas.
Em uma das atividades, as pessoas trabalharam com a imagem enquanto sombra, cor e forma - fotografando e observando esses elementos com seus olhos e dispositivos eletrônicos. Foram assim criando novas sensações a partir desses aspectos, que se encontram tão distantes da nossa mente (mesmo estando presentes o tempo todo).
Outra atividade reuniu ao redor de uma mesa uma exposição de imagens em vários tamanhos construídas em outras oficinas do Fabulografias, alguns instrumentos afrobrasileiros, muitos poemas, mini-contos e alguns livros. Perto dessa mesa organizamos uma exposição com os itens trazidos pelos convidados, que variavam de livros a pó de café. Nesse espaço houve tempo para observação e recepção - as pessoas tocavam, liam, analisavam. Algumas se encantavam com o colorido de uns instrumentos, outras se deslumbravam com as imagens e os escritos. Para outras, parecia algo fútil - muito estranho ou de compreensão distante de si.
Abrimos um momento para criação escrita, produzindo poemas e pequenos textos. Teve gente que resgatou música criada em outro momento de sua vida! Muitos versos sensíveis... E teve também quem perguntasse se aquilo ali não era coisa do diabo! Para finalizar, nos reunimos ao redor da mesa e expusemos nossas expressões mais verbais/corporais: lemos, falamos, cantamos, tocamos e escutamos.
No decorrer da oficina, formou-se um grupo de gente gingando capoeira (foi por pouco tempo, mas foi incrível essa expressão da África que ventava ali, que muito retrata a resistência de um povo que sempre teve sua cultura em processo de apagamento).
Ainda havia dois espaços conectados para que as pessoas circulassem. Num deles ocorria a criação com imagens, em que se exercitavam algumas formas de inventá-las com papel, tesoura, imagens, lã de aço e outras ferramentas. Lá foram produzidas muitas e ricas imagens/composições.
O outro ambiente recebia uma experimentação multimídia com a reprodução sonora e visual de um vídeo produzido pelo Coletivo; projetava também imagens de outras oficinas, cadenciadas com uma trilha sonora, “Me Gritaron Negra”, da cantora afro peruana Victoria Santa Cruz. Esta música é um relato sobre a vivência do racismo de/em diferentes formas/fases da vida. Uma ciranda dançou as intensidades deste encontro que foi encerrado por um almoço carinhosamente preparado pelas cozinheiras da escola.